Fato Nº 12

Massacres e deportações armênias foram amplamente divulgados na imprensa internacional entre as décadas de 1890 e 1920.

O Genocídio Armênio – a política de extermínio sistemática de parte da população do Império Otomano pelas suas próprias autoridades – começou em 1915. Foi precedido por pelo menos três ondas de massacres de armênios entre as década de 1890 e 1900, junto a políticas formais e institucionais de discriminação.

O país não foi fechado para o mundo exterior durante essas décadas. Uma série de grandes agências de notícias internacionais respeitáveis informaram sobre a situação dos armênios otomanos durante esta época, desde a década de 1890, no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial. A informação era transmitida de Constantinopla para Londres e Nova York, a Paris e São Petersburgo, Berlim, Viena, Roma, Washington, e depois para outras capitais, cidades e vilas em todo o planeta. De Honolulu a Harare para Hong Kong, os cidadãos tomaram conhecimento dos horrores enfrentados pelos armênios e outros cristãos na Anatólia e na Ásia Menor através do The New York Times, The Times of London, The Washington Post, The Globe and Mail, The Sydney Morning Herald, The Los Angeles Times, The Independent, The Chicago Daily Tribune entre outros jornais e agências de notícias que espalharam a notícia aos estabelecimentos menores e além do mundo de fala Inglêsa.

Considerando apenas o ano de 1915, destaque para uma manchete no jornal The New York Times de 28 de abril, “Apelo à Turquia para parar Massacres”, a frase principal dizia “Um recurso para o socorro aos cristãos armênios na Turquia, após os relatos de massacres e ameaças ultrajantes, foi feito para o Governo turco hoje pelos Estados Unidos”. Menos de seis meses depois, a edição do The New York Times de 07 outubro apresentava a manchete “800.000 Armênios Considerados Aniquilados”. The Independent, na sua edição de 18 de outubro, publicou a manchete “O Assassinato de uma raça: a esperança e o destino dos armênios ameaçados”. Essas notícias não eram incomuns já que Genocídio Armênio acontecia durante a Primeira Guerra Mundial, continuando na década de 1920.

Além de informar movimentos políticos e diplomáticos, a cobertura do Genocídio Armênio pela imprensa ajudou a moldar as respostas humanitárias que foram iniciadas em todo o mundo na época. Estas fontes de hoje são de valor inestimável para a contribuição em estudos de genocídio em geral, e em esclarecer os acontecimentos do Genocídio Armênio em particular.


Referências e Outras Fontes

1. Armenian National Institute. “Press Coverage of the Armenian Genocide
2. Armenian Research Center, University of Michigan-Dearborn. “Before the Silence
3. Alan Whitehorn. “Searching for 1915: Newspaper Coverage of the Armenian Genocide”, The Armenian Weekly, December 27, 2013
4. Richard Kloian. The Armenian Genocide: News Accounts from the American Press: 1915-1922. The Genocide Education Project, 2014
5. Wikipedia: “Press coverage during the Armenian Genocide


Artigo Original


Legenda da Imagem

Manchete do The New York Times em 1915.


Atribuição e Fonte

Por New York Times [Public domain], via Wikimedia Commons


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