Fato Nº 37

Um tapete de presente, tecido por órfãos armênios agradecidos, está no armazém da Casa Branca

Nenhuma outra nação fez mais para ajudar e prestar socorro à população atingida após Genocídio Armênio do que os Estados Unidos. Seja na captação de recursos de bases locais ou grandes campanhas nacionais, doações em dinheiro, alimentos e suprimentos foram encaminhados para os vários orfanatos, escolas e hospitais, sob a égide do Socorro ao Oriente Próximo, que cuidava dos sobreviventes armênios, gregos e siríacos no Mediterrâneo oriental.

Um destes locais foi um orfanato em Ghazir, cerca de 20 milhas (32 quilômetros) de Beirute, Líbano. Os jovens sobreviventes do Genocídio expressaram sua gratidão à América tecendo uma grande tapete da sala de em estilo tradicional. Cerca de 1.400 órfãos trabalharam no que acabou sendo um tapete de cerca de 11 pés por 18 pés (cerca de 3 metros por 5 metros), que foi apresentado ao presidente americano Calvin Coolidge em dezembro de 1925, tecido em 4.404.206 nós atados à mão, o Tapete dos Órfãos Armênios, como passou a ser chamado, contém figuras de mais de cem animais e plantas, talvez simbolizando o Jardim do Éden que, segundo algumas tradições, compartilha sua localização com áreas historicamente armênias ao leste da Turquia hoje. O tapete ficou com Coolidge e sua família, mesmo depois que ele deixou o cargo, sendo devolvido à Casa Branca em 1982.

O Tapete dos Órfãos Armênios voltou aos holofotes no final de 2013, quando um evento de inauguração de um livro sobre o tema, realizado em Smithsonian em Washington não conseguiu convencer a Casa Branca a remover o tapete de suas instalações de armazenagem por algumas horas. O clamor resultante da comunidade armênio-americana – juntamente com uma carta enviada por 31 membros do Congresso para o presidente – chegou ao noticiário nacional. Enquanto a disputa da parte deles era que o tapete havia sido retido devido à pressão diplomática da Turquia, a própria Casa Branca afirmou que teria sido impróprio o risco de expor um objeto de tal importância por um período limitado, para um evento privado. Haveram indícios da Casa Branca e do Congresso, alguns meses mais tarde, de que o Ghazir Rug pode de fato ser colocado em exibição, talvez até mesmo em algum momento no final de 2014, embora tenha não tenham sido confirmados ainda data ou local.


Referências e Outras Fontes

1. Hagop Martin Deranian. President Calvin Coolidge and the Armenian Orphan Rug. Armenian Cultural Foundation, 2013
2. Philip Kennicott. “Armenian ‘orphan rug’ is in White House storage, as unseen as genocide is neglected”, The Washington Post, October 22, 2013
3. Richard Simon. “White House urged to display Armenian Orphan Rug commemorating genocide”, Los Angeles Times, November 12, 2013
4. Richard Simon. “Armenian Orphan Rug, steeped in controversy, may go on display”, Los Angeles Times, April 30, 2014
5. J. Dana Stuster. “Is the White House so Scared of Turkey That it Won’t Even Hang a Rug?”, Foreign Policy, November 21, 2013
6. CBS Los Angeles. “Historic Armenian Rug At Heart Of Complaint By Valley Congressmen”, November 11, 2013
7. Shirin Jaafari. “The White House says a rug gifted to Calvin Coolidge by Armenian orphans will stay in storage for now”, PRI, October 25, 2013
8. “White House Pledges to Display ‘Orphan Rug’”, Asbarez, April 30, 2014


Artigo Original


Legenda da Imagem

O presidente dos Estados Unidos Calvin Coolidge, em 1923; imagem feita pelo fotógrafo armênio-americano John Garo (1875-1939)


Atribuição e Fonte

Por John Garo (1875–1939) [Public domain], via Wikimedia Commons


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